sábado, 13 de dezembro de 2008

Pessoas Surdas ou com Deficiência Auditiva.

Não é correto dizer que alguém é surdo-mudo. Muitas pessoas surdas não falam porque não aprenderam a falar. Muitas fazem a leitura labial, outras não.
Quando quiser falar com uma pessoa surda, se ela não estiver prestando atenção em você, acene para ela ou toque, levemente, em seu braço. Quando estiver conversando com uma pessoa surda, fale de maneira clara, pronunciando bem as palavras, mas não exagere. Use a sua velocidade normal, a não ser que lhe peçam para falar mais devagar. Use um tom normal de voz, a não ser que lhe peçam para falar mais alto. Gritar nunca adianta. Fale diretamente com a pessoa, não de lado ou atrás dela. Faça com que a sua boca esteja bem visível. Gesticular ou segurar algo em frente à boca torna impossível a leitura labial. Usar bigode também atrapalha. Quando falar com uma pessoa surda, tente ficar num lugar iluminado. Evite ficar contra a luz (de uma janela, por exemplo), pois isso dificulta ver o seu rosto.
Se você souber alguma linguagem de sinais, tente usá-la. Se a pessoa surda tiver dificuldade em entender, avisará. De modo geral, suas tentativas serão apreciadas e estimuladas.
Seja expressivo ao falar. Como as pessoas surdas não podem ouvir mudanças sutis de tom de voz que indicam sentimentos de alegria, tristeza, sarcasmo ou seriedade, as expressões faciais, os gestos e o movimento do seu corpo serão excelentes indicações do que você quer dizer.
Enquanto estiver conversando, mantenha sempre contato visual, se você desviar o olhar, a pessoa surda pode achar que a conversa terminou.
Nem sempre a pessoa surda tem uma boa dicção. Se tiver dificuldade para compreender o que ela está dizendo, não se acanhe em pedir para que repita. Geralmente, as pessoas surdas não se incomodam de repetir quantas vezes for preciso para que sejam entendidas.
Se for necessário, comunique-se através de bilhetes. O importante é se comunicar. O método não é tão importante.
Quando a pessoa surda estiver acompanhada de um intérprete, dirija-se à pessoa surda, não ao intérprete.
Algumas pessoas mudas preferem a comunicação escrita, algumas usam linguagem em código e outras preferem códigos próprios. Estes métodos podem ser lentos, requerem paciência e concentração. Talvez você tenha que se encarregar de grande parte da conversa.
Tente lembrar que a comunicação é importante. Você pode ir tentando com perguntas cuja resposta seja sim/não. Se possível ajude a pessoa muda a encontrar a palavra certa, assim ela não precisará de tanto esforço para passar sua mensagem. Mas não fique ansioso, pois isso pode atrapalhar sua conversa.

PRESENTE A UMA CRIANÇA CEGA

A Pessoa que me Queira Escutar.

Ofereça-me liberdade para que eu possa usar minhas mãos, meus pés e todos os meus sentidos com plenitude.
Ofereça-me desafios para que os enfrente, desfrute e aprenda com eles, podendo crescer em experiência e segurança.
Ofereça-me independência ajudando-me naquilo que não posso, e estímulo em fazer aquilo que posso.
Ofereça-me limites como a todas as crianças para que eu possa crescer como pessoa.
Ofereça-me exigências para que eu possa mostrar toda a minha capacidade.
Ofereça-me igualdade de oportunidades para que eu triunfe na vida de acordo com meus esforços e perseverança.
Ofereça-me uma bengala e incentiva-me a usá-la, para não depender de bengalas humanas.
Ofereça-me apoio, e não ocupar-se por mim.
Ofereça-me amor apesar de minha diferença.
Mas não me ofereça superproteção, indiferença nem compaixão, porque são esforços inúteis.
Se me oferece tudo isso serei completamente feliz e poderei fazer felizes todos ao meu redor.

Traduzido por Marco Antonio de Queiroz do site argentino: Taller de Teatro para Actores Ciegos, infelizmente hoje já inexistente.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

APARELHOS UTILIZADOS POR NÓS CEGOS

O QUE É UMA BENGALA:




A bengala é um instrumento muito útil para o deficiente visual. Ela serve para ajudar a pessoa a se locomover em ambientes desconhecidos, ou em ruas e calçadas.
Atualmente vários cegos estão deixando a bengala de lado e utilizando cães- guias. O único problema é que a sociedade não está muito preparada. Muitos são barrados em locais públicos, como metrôs, teatros e outros.
Muitas pessoas confundem bengala com muleta. Muleta é um instrumento de apoio para indivíduos que sofreram algum tipo de problema nos membros inferiores.
A bengala serve para que a pessoa "perceba" os obstáculos que estão à sua volta.
Existem muitos modelos de bengalas. A mais comum é a dobrável.
A bengala dobrável é dividida nas seguintes partes: Luva, Gomos, Ponteira e o elástico.
A luva serve para a pessoa segurar a bengala. Os gomos constituem o corpo da bengala. Eles são unidos por meio de um elástico. O elástico fica preso na luva e na ponteira. A ponteira é a parte que fica em contato com o chão.
Quando a bengala não está em uso, basta ir puxando os gomos, que ela se dobra. Quando vai usar, basta soltar que ela se abre rapidamente.
Com o grande avanço da tecnologia, já existem aparelhos que ajudam o cego na locomoção. Estes aparelhos são dotados de ultrasons, e já existem alguns comandados via satelite.

O QUE É UM ASSINADOR?


O assinador é usado como guia, para que o cego possa escrever em letra comum o próprio nome, assinar um cheque, e fazer outras atividades em que se torna necessária a escrita convencional.
Existem vários modelos de assinador; o mais comum é composto de uma borracha, para que o mesmo não deslize no papel. Sobre a borracha é colada uma placa de aluminio, com uma pequena abertura, para que a pessoa possa escrever. Alguns modelos possuem uma linha flexível para facilitar a escrita.

Com um bom treino, a pessoa cega pode escrever normalmente, usando uma boa caneta ou lápis

O QUE É O SOROBÃ?

O Sorobã é um aparelho de cálculo usado já há muitos anos no Japão pelas escolas, casas comerciais e engenheiros, como máquina de calcular de grande rapidez, de maneira simples.

Na escrita de números reside a principal vantagem, que recomenda o sistema sorobã como método ideal de cálculo para deficientes visuais. Com alguma habilidade o deficiente visual pode escrever números no sorobã com a mesma velocidade ou até mesmo mais rápido que um vidente escreve a lápis no caderno.
O Sorobã está dividido em dois retângulos: um largo com 4 rodinhas em cada eixo e, outro estreito com apenas 1 rodinha. Serve de separação entre os retângulos uma tabuinha chamada régua, que tem, de 3 em 3 eixos um ponto em relevo, tendo seis ao todo. É junto da régua que se escreve e que se lê os algarismos. Para se calcular com o Sorobã, coloca-se o mesmo sobre uma mesa de modo que o retângulo largo fique mais próximo de quem vai calcular.

O LAZER:


Quem pensa que cegos não gostam de um bom jogo, está redondamente enganado! Existem vários jogos adaptados, entre eles: baralho, xadrez, dama, jogo da velha, entre outros. Também existem aqueles jogos feitos em computadores, como: jogo da forca, jogo da memória e outros.

Conheço vários amigos cegos que gostam de um bom futebol, como eu! Nas bolas adaptadas existem guisos que fazem barulhos, e por isso os cegos sabem onde ela está.

Tambem existem aqueles jogos que não precisam ser adaptados, como o dominó.


O QUE É BRAILLE?





O braille é um sistema de escrita utilizado por cegos. Ele recebe o nome de seu inventor( Louis Braille), que também era cego, e com 15 anos inventou o sistema.

O braille é composto por 6 pontos em relevo, que formam 63 conbinações. Com ele é possível fazer letras, números, símbolos químicos e matemáticos.

A escrita do braille pode se realizar por várias maneiras:

A mais antiga e a mais utilizada é a reglete e o punção.

A pessoa prende o papel na reglete, e com o punção vai fazendo todos os pontos que formam as letras.

A segunda maneira são as máquinas de datilografia.

Existem muitos modelos de máquinas de datilografia. Com elas o trabalho se torna muito mais rápido que na reglete, pois a pessoa não precisa fazer ponto a ponto com o punção.

Com o avanço da informática, ja é possivel produzir um braille com ótima qualidade em impressoras especiais. Também ja é possivel imprimir gráficos, o que não era possível nas máquinas de datilografia.

Os livros são produzidos em grandes gráficas informatizadas.


COMO OS CEGOS USAM O COMPUTADOR:


A informática vem sendo utilizada em grande escala pelos deficientes visuais.

Hoje existem muitos deles trabalhando com a computação. O próprio governo os emprega , como analistas de sistemas, programadores e outras funções.

Muitas pessoas perguntam como decoramos o teclado. O teclado é um comum, sem adaptações. Verifique em seu teclado a existência de três pontos, no "F", "J"e o "5" da calculadora. Estas saliências ajudam a memorizar a posição das outras teclas; (o d fica ao lado esquerdo do f, o m fica embaixo e ao lado direito do j, e assim sucessivamente).

Quando estamos com muita prática na digitação, podemos usar o computador com a soletragem das teclas desligada. Às vezes a fala deixa o trabalho um pouco lento.

No caso do mouse, fica um pouco complicado o seu uso, pois não podemos saber em que região da tela está localizado o cursor. Mas em alguns casos se faz necessário o uso do mesmo, como por exemplo em programas de desenhos. Também há outras maneiras de "simular" um mouse.

Hoje todos os pcs que estão saindo de fábrica podem falar. O computador que nós cegos usamos é normal, com apenas alguns programas especiais, às vezes com algum periférico, como por exemplo sintetizadores de voz, impressoras braille, display braille e outros.

Os programas que utilizamos são leitores de telas, como o Virtual Vision, Jaws, Window Bridge e outros, que falam as informações escritas na tela para que, por exemplo possamos usar o Word, uma agenda ou qualquer outro programa do Windows.

Também existem programas desenvolvidos especialmente, como o DOSVOX

PROJETO DOSVOX

DOSVOX é um sistema de computador feito para os deficientes visuais, que funciona sob o Windows.

Este já conta com mais de 3000 usuários cadastrados por todo o Brasil, e alguns em Portugal e Uruguai. Foi desenvolvido no Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (NCE/UFRJ), pelo professor de computação gráfica José Antonio Borges

O DOSVOX possui uma história muito longa, mas que tem grande valia na inclusão dos cegos na sociedade.

É um sistema que "conversa" com o usuário. Através de comandos simples, o cego pode facilmente interagir com o computador. Em uma semana de uso, a pessoa ja está apta a fazer as atividades normais.

O sistema é composto de mais de 60 utilitários, entre eles:

Programas para Internet, Jogos, Programas de multimídia, Editor de textos, sistema de impressão e utilitários diversos.


SITE DO PROJETO DOSVOX

Fonte:http://intervox.nce.ufrj.br/~fabiano/


SALA DE RECURSOS


PESSOAS CEGAS OU COM DEFICIÊNCIA VISUAL:

Se você conhece uma família que possui um bebê com problemas visuais, oriente para que o levem a uma instituição especializada; quanto mais cedo o bebê for estimulado, mais rápido conseguirá superar suas dificuldades.

As pessoas cegas ou com visão subnormal são como você, só que não enxergam. Elas também são interessadas em saber o que você gosta de ver, ler, ouvir e falar. Trate-as com o mesmo respeito e consideração que você trata todas as pessoas.

A cegueira é uma deficiência sensorial, não é doença. Não acredite na "compensação da natureza", ou seja, que a natureza compensou a pessoa cega pela falta de visão. O que existe nela é um maior desenvolvimento de recursos latentes em todos nós.

No convívio social ou profissional, não exclua as pessoas com deficiência visual das atividades normais. Deixe que elas decidam como podem ou querem participar. Não sinta pena dela, ela somente necessita de oportunidades.

Quando for falar com uma pessoa cega, dirija-se diretamente a ela e não através de seu acompanhante. Identifique-se e toque o seu braço ou seu ombro para que ela saiba que é com ela que está falando. Fale em tom de voz normal.

Fique à vontade para usar palavras como "veja" e "olhe". As pessoas cegas as usam com naturalidade.

Não deixe de apresentá-la às pessoas que estejam participando de seu grupo. Assim agindo você facilitará a sua integração.

Não deixe de falar sempre que entrar em um ambiente onde haja uma pessoa cega, Isso anuncia sua presença e a auxilia a identificá-lo. Evite que ela tenha que adivinhar com quem está falando.

Quando estiver conversando com uma pessoa cega, não deixe de avisá-la quando tiver que se ausentar, Principalmente se houver muito barulho que a impeça de perceber sua ausência. Ela pode dirigir-lhe a palavra e acabar falando sozinha.

Onde existir uma pessoa cega procure manter as portas bem abertas ou bem fechadas. A porta meio aberta é um obstáculo de perigo para ela. Procure também não deixar objetos jogados pelo chão onde ela costuma passar, ou em locais onde a pessoa cega não possa perceber sua presença com o uso da bengala (carros na calçada, grades abertas).

Todas as vezes que encontrar uma pessoa cega nunca deixe de apertar a sua mão e fazer o mesmo no momento de despedir-se. O aperto de mão substituir seu sorriso amável.

Se houver alguma incorreção no vestu rio de uma pessoa cega, não se constranja em avisá-la. Fique certo de que ela lhe agradecerá.

Quando for passear com uma pessoa cega de carro, no momento de fechar a porta nunca se esqueça de observar de que não vai lhe prender os dedos: eles são muito preciosos.

Nem sempre as pessoas cegas ou com deficiência visual precisam de ajuda, mas se encontrar alguma que pareça estar em dificuldades, identifique-se, faça-a perceber que você está falando com ela e ofereça seu auxílio. Nunca ajude sem perguntar antes como deve fazê-lo.

Se você encontrá-la em qualquer loja comercial, dirija-se a ela e oriente-a sobre os produtos, marcas e preços.

Caso sua ajuda como guia seja aceita, coloque a mão da pessoa no seu cotovelo dobrado. Ela irá acompanhar o movimento do seu corpo enquanto você vai andando.

É sempre bom você avisar, antecipadamente, a existência de degraus, pisos escorregadios, buracos e obstáculos em geral durante o trajeto.

Num corredor estreito, por onde só é possível passar uma pessoa, coloque o seu braço para trás, de modo que a pessoa cega possa continuar seguindo você.

Em ambientes desconhecidos ou em situações novas, ofereça-lhe o maior número de informações possíveis, só assim ela poderá localizar-se e saber exatamente o que está acontecendo ao seu redor.

Quando você se oferecer para ajudar uma pessoa cega a atravessar uma rua não a desoriente cruzando a rua em diagonal, efetue um cruzamento em L, é mais seguro, inclusive para você.

Quando for ajudá-la a subir escadas, ofereça-lhe seu braço ou ponha-lhe a mão no corrimão.

Ao explicar direções para uma pessoa cega, seja o mais claro e específico possível, de preferência, indique as distâncias em metros ("uns vinte metros a sua frente").

-Onde é o ponto de circular? -É do lado de lá. Esta atitude de nada adianta para ela. Responda verbalmente. -Siga a sua direita. Preste atenção ao indicar "à direita", "à esquerda"; no momento de ajudar uma pessoa cega, tome como referência a posição dela e não a sua.

Não a empurre ou a levante para ajudá-la a subir no ônibus ou carro. Basta pôr-lhe a mão na alça externa da maçaneta que ela subirá sozinha.

Para ajudar uma pessoa cega a sentar-se, você deve guiá-la até a cadeira e colocar a mão dela sobre o encosto da cadeira, informando se esta tem braço ou não. Deixe que a pessoa sente-se sozinha.

Por mais tentador que seja acariciar um cão-guia, lembre-se de que esses cães têm a responsabilidade de guiar um dono que não enxerga. O cão nunca deve ser distraído do seu dever de guia.
Fonte:http://intervox.nce.ufrj.br/~fabiano/

SALA DE RECURSOS

DICAS PARA QUANDO VOCÊ ENCONTRAR UMA PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL:
Muitas pessoas não deficientes ficam confusas quando encontram uma pessoa com deficiência. Isso é natural. Todos nós podemos nos sentir desconfortáveis diante do "diferente".

Esse desconforto diminui e pode até mesmo desaparecer quando existem muitas oportunidades de convivência entre pessoas deficientes e não-deficientes.

Provavelmente, por causa da deficiência, essa pessoa pode ter dificuldade para realizar algumas atividades e, por outro lado, poderá ter extrema habilidade para fazer outras coisas. Exatamente como todo mundo.

A maioria das pessoas com deficiência não se importa de responder perguntas, principalmente aquelas feitas por crianças, a respeito da sua deficiência e como ela realiza algumas tarefas. Mas, se você não tem muita intimidade com a pessoa, evite fazer perguntas muito íntimas.

Se você não se sentir confortável ou seguro para fazer alguma coisa solicitada por uma pessoa deficiente, sinta-se livre para recusar. Neste caso, seria conveniente procurar outra pessoa que possa ajudar.

Se ocorrer alguma situação embaraçosa, uma boa dose de delicadeza, sinceridade e bom humor nunca falham.

Fonte: http://intervox.nce.ufrj.br/~fabiano/


SINAIS EM LIBRAS

Alfabetização de Alunos Surdos.

Para o desenvolvimento do processo de alfabetização com o surdo, há também diversidade metodológica.
Vamos sugerir alguns métodos !
Entre os métodos que se destacam estão: o global e o analítico-sintético.

Método Global
A aplicação do método global implica que o aluno apresente os seguintes
requisitos:
a) a criança surda deve ser atendida em idade precoce, ou seja, ter atendimento
educacional ou clínico , logo que seja detectada a perda auditiva;
b) logo que seja detectada a perda, haja indicação do aparelho de amplificação sonora
individual adequado e, conseqüentemente, a estimulação dos resíduos auditivos;
c) a criança deverá passar por um período pré-escolar onde desenvolverá: a aquisição de linguagem em nível de recepção e emissão oral do Português e/ou
da utilização da Língua Brasileira de Sinais;
o treinamento auditivo;
as funções e habilidades de coordenação viso-motora global;
coordenação motora fina;
percepção figura-fundo;
constância perceptual;
posição espacial.
e) a criança deverá vir de um ambiente que lhe proporcione experiências
variadas.

Para a elaboração de textos com os alunos, parte-se de centros de interesse da
faixa etária da criança, constituídos em unidades que formarão um todo e tendo
como aspectos relevantes, a seleção do léxico e das estruturas lingüísticas, de
forma simples, de acordo com o nível de linguagem dos alunos a que se destinam.
Tem-se, por objetivo primordial, das condições para que os alunos adquiram o
vocabulário básico da vida diária.

Material
O material a ser utilizado no processo de alfabetização deverá constar de:

a) Textos produzidos pelos alunos e professores que formam um todo,
subdivididos em cartelas.
b) Cartazes que contêm os textos em letras de imprensa e ilustração feita pelos
alunos;
c) Fichas com as frases dos textos;
d) Fichas com o vocabulário, formando um dicionário visual;
e) Material de Análise Silábica

Como Explorar Cada Texto
1º passo: Exploração do real
Levar o aluno a observar, por exemplo, vários tipos de construção de casas
(sobrado, casa térrea, prédio), seus cômodos, os móveis e utensílios que fazem
parte delas.

2º passo: Dramatização da situação em classe.
Montagem de uma casa em papelão, com todas as divisões, móveis e
bonequinhos que representarão os personagens. A montagem deverá ser feita
pelos alunos sob a orientação do professor. Esse material servirá para a
exploração de vários textos a partir da vivência dos alunos.

3º passo: Apresentação de cartaz com o primeiro texto, quando será feita a
leitura oral ou LIBRAS pelo professor e a seguir pelos alunos.

4º passo: Identificação da(s) frase(s) do texto.

5º passo: Dramatização.
Todos os textos, então, deverão ser explorados no concreto e vivênciados pelos
alunos. Ex.: Dramatizar o verbo “pular”, no imperativo, mandando que cada um
cumpra a ordem dada. Se o aluno não compreender, o professor deverá ser o
modelo.
Utilizar o nome de um animal (como o sapo) que possa, também, praticar a
ação de “pular”.

6º passo: Análise das fichas.
Se , por exemplo, um aluno contar que seu amigo Paulo pula a janela de sua
casa enquanto brinca, todos receberão jogos de fichas, contendo a primeira frase
do texto. Por exemplo: O PAULO PULA A JANELA. A interpretação do texto será
orientada pelo professor, através de perguntas:

P. Quem pula a janela?
R. O Paulo.
P. O que o Paulo faz?
Q. Pula a janela.
P. O que o Paulo pula?
R. A janela.

7º passo: Ilustração do cartaz.
A ilustração será realizada por todos os alunos da classe e o cartaz deverá
ficar exposto na sala, enquanto durar o trabalho com a unidade.

8º passo: Entrega do texto ao aluno, em letra de imprensa, sem ilustrações, para que haja:
· leitura pelo aluno;
· interpretação oral e/ou por meio de sinais;
· interpretação escrita;
· ilustração do texto pelo aluno.

9º passo: Realização de exercícios gráficos para fixação das estruturas frasais e do vocabulário,
como por exemplo:
· ligar a letra de imprensa à letra cursiva;
· desenhar as pessoas, os objetos, bem como as ações referentes às frases do texto;
· ligar as palavras aos desenhos;
· riscar a palavra que o professor falar;
· ligar palavras iguais;
· ligar fases aos desenhos;
· ordenar palavras, formando frases.

10º passo: Desenvolvimento de atividades de fixação e de compreensão:
· cópia dirigida
· ditado oral ou em LIBRAS
· auto-ditado (ver a figura e escrever o nome - ou frase correspondente)
Todo material gráfico apresentado aos alunos deverá ser confeccionado em
letra de imprensa.

Método Analítico-Sintético

Esse método caracteriza-se por explorar o todo significativo e as partes
simultaneamente.
Dentro desse método, o professor poderá partir:
a) da palavra, passando para a frase, formando um texto, retirando novamente a
palavra para decompô-la em sílabas;
b) da frase, retirando a palavra para chegar à sílaba;
c) da estória, retirando a palavra-chave para depois destacar a sílaba.

Esse método destina-se a:

- alunos que entram tardiamente na escola;
- crianças que apresentam um nível pobre de recepção e emissão, muitas vezes sem um trabalho anterior em treinamento auditivo;

As vantagens que esse método apresenta para esse tipo de aluno são:
- propicia à criança ser o sujeito de seu próprio conhecimento;
- facilita a aquisição de linguagem a criança que possuem um nível muito pobre
nesta área e passam a se apoiar na pista gráfica, além da leitura orofacial e/ou da
Língua Brasileira de Sinais;
- facilita a ampliação do léxico, bem como das estruturas da língua, à medida que
o aluno reconhece palavras, destaca sílabas, forma novos vocábulos, novas
frases, chegando a organizar uma estória com começo, meio e fim.

Material

Para a aplicação do método analítico-sintético deve haver:
a) Textos com começo, meio e fim, visando a introdução das diversas famílias
silábicas. Esses textos serão mais simples em termos de vocabulário e estruturas
lingüísticas, no início da alfabetização, enriquecendo-se gradativamente;
b) Exercícios de compreensão dos textos;
c) Exercícios para fixação das séries silábicas.
Observação: Todo material gráfico apresentado aos alunos, deverá ser confeccionado em letra
de imprensa.

Como Explorar Cada Série Silábica
Exemplo: série silábica: ma - mo - mu - me - mi.
Palavra chave: macaco.
Exploração da estória, através de dramatização ou passeios - (sugestão - visita
ao jardim zoológico).
· Apresentação do texto, na lousa, em letra de imprensa. Através de perguntas, o professor
induzirá a classe a montar um texto.
· Leitura oral e/ou sinalizada pelo professor.
· Leitura oral e/ou sinalizada pelos alunos.
· Apresentação do cartaz da palavra-chave que deverá ficar exposto na classe.
· Destaque da palavra-chave, (que poderá ser um substantivo concreto ou um verbo
dramatizável) no texto, pelo professor.
· Destaque da palavra-chave, separação das sílabas a marcação do ritmo vocabular.
· Formação, na lousa, de toda a série silábica.
· Solicitação para que cada aluno circunde, no texto, um elemento da série silábica.
· Solicitação aos alunos para que evoquem e emitam e/ou sinalizem palavras com a série
silábica apresentada na lousa. Exploração do significado do vocabulário apresentado.
· Leitura das palavras, visando a emissão oral correta dos fonemas.
· Formação oral de frases com algumas das palavras apresentadas pelos alunos.
· Entrega do texto em letra de imprensa aos alunos:
a) leitura do texto;
b) destaque da palavra-chave;
c) destaque das sílabas, circulando-as;
d) ilustração do texto;
e) interpretação oral e/ou sinalizada;

· Compreensão escrita do texto.
Os exercícios deverão ser mais simples no início,graduando-se as dificuldades. Por exemplo:
completar frases;
ligar frases; ordenar frases;
riscar o quadrado certo escrever sim ou não;
escrever certo ou errado;
· Exercícios para fixação das sílabas:
circundar sílabas;
ligar palavras (letra de imprensa à cursiva);
escrever o nome correspondente a uma gravura ou desenho;
desenhar em correspondência às palavras apresentadas;
ligar o desenho ao nome;
separar sílabas;
formar palavras com as sílabas apresentadas;
completar palavras com as sílabas trabalhadas;
etc...
· Apresentação de textos suplementares sobre a mesma série silábica. Desenvolver os
mesmos passos descritos para o texto de apresentação da série silábica.

Observações:
· Antes que o professor inicie o trabalho com qualquer série silábica, deverá fazer o
levantamento do vocabulário da realidade e do interesse dos alunos, elaborando os textos
que deverão obedecer ao estágio lingüístico da classe.

Fonte:Série Educação Especial - Deficiencia Auditiva MEC

sábado, 20 de setembro de 2008

Meu poema surdo, cego( para REFLETIR )

Pai nosso - LIBRAS

Clip LIBRAS - Falar com Deus

HINO NACIONAL EM LIBRAS

VÍDEO: A CINDERELA


CLIQUE AQUI PARA FAZER O DOWNLOAD Cinderela
Fonte:http://trabalhandocomsurdos.blogspot.com

PINTANDO

Jogo de pintar com frase em LIBRAS


http://www.brincandoseaprende.com.br/php/atividade.php?nrati=690

MATEMÁTICA

Efetue as contas, só que os números estão em Libras.


http://www.brincandoseaprende.com.br/php/atividade.php?nrati=063

MEMÓRIA - ANIMAIS EM LIBRAS


Jogo de memória para você conhecer alguns sinais de animais.


http://www.brincandoseaprende.com.br/php/atividade.php?nrati=056

ALFABETO EM LIBRAS

Conheça o alfabeto de LIBRAS e exercite no joguinho.



PALAVRAS SÃO PALAVRAS

Monte as palavras e observe o SINAL em LIBRAS


©2007 '' Por Elke di Barros